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Pets também sentem frio e têm risco maior de doenças durante o inverno

Médico veterinário diz que manter vacinação em dia, oferecer roupas e abrigos cobertos são dicas importantes Com a chegada do inverno, a queda nas temperaturas e na umidade do ar aumenta o risco de enfermidades em animais. Pets também sentem frio. O alerta vem do médico veterinário Raphael Castro.

Atualizado em 16/08/2024 às 14:08, por Equipe SMO.

Pets também sentem frio e têm risco maior de doenças durante o inverno

Médico veterinário diz que manter vacinação em dia, oferecer roupas e abrigos cobertos são dicas importantes

Com a chegada do inverno, a queda nas temperaturas e na umidade do ar aumenta o risco de enfermidades em animais. Pets também sentem frio. O alerta vem do médico veterinário Raphael Castro.

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O doutor em Engenharia Biomédica e Sanitarista, especialista em Saúde Pública, explica que a redução da temperatura dos animais, mesmo que não seja extrema, afeta processos biológicos naturais. Isso inclui a manutenção de um sistema imunológico ativo e eficiente. Com o sistema imunológico enfraquecido, os pets ficam mais vulneráveis a infecções por bactérias, vírus e outros agentes infecciosos e parasitários.

“No frio, os animais ajustam seu comportamento para resistir às condições adversas. Cães e gatos tendem a se abrigar juntos, muitas vezes em contato direto, para manter a temperatura corporal. Essa proximidade aumenta o risco de transmissão de doenças infecciosas e parasitárias, tanto por secreções respiratórias quanto pelo contato direto, como no caso de parasitas de superfície, como sarna, pulgas, carrapatos e piolhos”, ressalta.

Importância de manter a vacinação em dia

Enfermidades como a cinomose e a doença respiratória infecciosa em cães são mais comuns no inverno. Em gatos, doenças como rinotraqueíte, calicivirose e panleucopenia, embora não estejam diretamente ligadas ao frio, podem se agravar nessa época, especialmente em animais não vacinados de abrigos ou colônias de rua. Parasitas externos, como pulgas, carrapatos, sarnas e piolhos, também aproveitam a aglomeração de animais no frio para se disseminar.

“É essencial manter a vacinação dos animais em dia, além de realizar a vermifugação e a prevenção contra parasitas externos. Em caso de qualquer alteração comportamental, mudanças na frequência ou aparência das fezes e urina, no apetite, na ingestão de água, na atividade física, no aspecto do pelo ou na emissão de sons incomuns, é fundamental levar o animal ao veterinário. Apenas um profissional de Medicina Veterinária pode avaliar adequadamente a saúde do animal,” esclarece o professor da Estácio.

Pet também sentem frio: comportamento dos pets e os cuidados no frio 

“Além das doenças prevalentes no inverno, é crucial entender o impacto direto do frio nos animais e seu comportamento. Cada espécie tem uma faixa de temperatura considerada normal, que garante conforto térmico e funcionamento biológico adequado. Dentro dessa faixa, há uma temperatura mínima e máxima, onde o corpo do animal opera sem perder eficiência,” observa o veterinário.

Ele explica que, para manter essa temperatura dentro dos limites normais, os animais precisam regulá-la, ajustando-a conforme as variações do ambiente. Em condições de frio, os animais conservam o calor, reduzindo sua perda e aumentando sua produção. Para isso, utilizam mecanismos físicos e bioquímicos, como tremores e aumento do metabolismo.

“Quando a temperatura cai abaixo da mínima normal, os animais adotam ações para conservar o calor. Eles contraem os vasos sanguíneos periféricos, mantendo o sangue, que conduz o calor, concentrado no interior do corpo, reduzindo a perda de calor para o ambiente.”

Outra ação comum observada nos pets, segundo Raphael Castro, é quando eles se enrolam sobre o próprio corpo, reduzindo o contato com o ambiente. Eles também erguem os pelos, criando um espaço extra entre a pele e o ambiente, para retardar a perda de calor interno.

Cães recém-nascidos não possuem capacidade de realizar tremores

“Com a queda da temperatura ambiental, os animais aumentam a produção de calor, seja por tremores musculares ou pelo aumento do metabolismo bioquímico. Esse processo é controlado pelo sistema nervoso dos animais”, explica o veterinário.

O professor do curso de Medicina Veterinária da Estácio ressalta que, quando o frio é intenso, mesmo com todas as estratégias naturais, a perda de calor para o ambiente pode superar sua produção ou conservação, levando o animal à hipotermia.

“Quando a temperatura do animal cai para 29°C, sua capacidade de regular a temperatura fica comprometida, podendo ocorrer parada cardíaca entre 20°C e 25°C. Pets também sentem frio e cães recém-nascidos não conseguem tremer, precisando do calor da mãe, da ninhada ou do ninho. Por isso, é essencial oferecer condições que ajudem no conforto térmico dos animais, como abrigos cobertos, roupas, cama e alimentos, especialmente para filhotes de cães e gatos. Animais de rua enfrentam desafios maiores, mas aqueles mantidos em quintais também precisam de cuidados e atenção”, alerta Castro.